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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Acentuação gráfica



O Novo Acordo Ortográfico

Imagem: http://revistavisaojuridica.uol.com.br
Em 1 de Janeiro de 2009 entrou em vigor o novo acordo ortográfico a língua portuguesa, tendo até 31 de dezembro de 2015 para se adaptar ao acordo. As modificações foram feitas com o proposito de unir os países que têm o português como língua oficial.De acordo com os linguistas Antônio Houaiss e João Malaca Casteleiro as mudanças não são tão significativas assim, já que apenas 0,43% das palavras serão modificadas. 
  • As mudanças começam pelo alfabeto, as letras "k", "w" e "y" passaram a constituir o alfabeto, que agora é formado por 26 letras. O trema foi abolido da língua portuguesa, permanece apenas em nomes próprios como por exemplo: Müller.
  • A acentuação de Ditongos abertos (ei,oi) não serão mais acentuados, antes a palavra assembléia era acentuada ,e agora a grafia correta é assembleia.
  • O acento diferencial que diferenciava o substantivo de verbo foi abolido, ou seja, a palavra "para" não terá mais o acento quando for verbo. Cabe portanto prestar atenção no contexto para saber diferenciar "para" de verbo e "para" de substantivo.  Permanece o acento diferencial do verbo "poder" (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - "pôde") e no verbo "pôr" para diferenciar da preposição "por".
  •  O hiato "oo" e "ee" não é mais acentuado, antes a palavra era grafada "enjoo" e agora será "enjoo".
  • 1-O hífen não será utilizado em palavras de prefixos terminados em vogal+palavras iniciadas por "r" e "s" sendo que essas devem ser dobradas.Exemplo: Antessala, antissocial e  antirrugas.
Observação: Em prefixos terminados por a letra "r" permanecerá o hífen caso a palavra seguinte por iniciada pela mesma letra. Como por exemplo: hiper-requintado, hiper-requisitado e inter-racial.

          2- O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos terminados em vogal+palavras iniciadas por outra vogal. Como por exemplo: extraescolar, infraestrutura e ultraelevado.

Observações: Essa regra tem algumas exceções que já existiam antes como: antiaéreo, antiamericano e socioeconômico. 
Essa regra não vai se encaixar caso a palavra seguinte se inciar por a letra "h" como: anti-herói, extra-humano e semi-herbáceo.

          3- O hífen será utilizado quando a palavra for formada por um prefixo terminado em vogal+palavra pela mesma vogal. Como por exemplo: anti-ibérico, anti-inflamatório e anti-imperialista.

Observação: Uma exceção é referente ao prefixo "co"mesmo que a outra palavra inicie com a vogal "o" não utilizará o hífen.
          4- O hífen não será mais usado em composto, ou seja, aquele composto que não tem a noção de composto. Como por exemplo: mandachuva, paraquedas e paravento.

Observação: O hífen permanecerá em palavras compostas que não possuem elemento de ligação e que constitui uma unidade sintagmática e semântica, e aquelas que designam espécias botânicas e zoológicas. Como por exemplo: guarda-chuva, azul-escuro e bem-te-vi.

          5-  O uso do hífen permanecerá em palavras formadas por prefixos "ex", "vice", "soto","circum", "pan"(iniciadas em vogal e M e N), "pré","pró"e "pós" ( + palavras que tem significado próprio), "além", "aquém", "recém" e "sem".
Exemplo: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre, pan-americano, circum-navegação, pré-natal, pró-desarmamento,pós-graduação,além-mar,aquém-oceano, recém-nascidos e sem-número.

NÃO EXISTE MAIS HÍFEN em locuções (substantivas, adjetivas, pronominais,verbais, adverbiais,prepositivas e conjuncionais)
Exemplo: Cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, à vontade, abaixo de e acerca de.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, pé-de-meia, mais-que-perfeito, ao-deus-dará, à queima-roupa.

  • Não será mais acentuada a letra "u" nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de "g" ou "q" e antes de "e" ou "i" (gue, gui, que, qui). Como por exemplo: apazigue e averigue.
  • Não será acentuado "i" e "u" tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo. Como por exemplo: Baiuca, feiura e saiinha.
  Hellen S. Cordeiro